Roteiro
Injustiça de homens hipócritas
De um mundo omisso e sem memória
De séculos de sangue para se fazer glória
Com repetidas histórias de lúcidas loucuras
De velhos erros
Forjados em mentiras puras.
Destinos incertos traçados na certeza de um passado
Que é sempre presente
De medo constante, latente
Do sofrimento por costume
E mórbida esperança como alimento,
Enganando a morte e dando sustento
Na trajetória em direção ao fim
No acalento das luta diária.
Vida se perde pelo caminho...
Novo cenário, novos personagens
Mas o epílogo é sempre o mesmo
Quer sórdido autor
Repugnante!
Como quem manipula coadjuvantes
Atalhando vidas sem piedade alguma,
Estupidamente... Uma a uma
Cumpre seu papel.
Já acostumado com a crueldade
Apenas fazendo uma vontade
Da falta de escrúpulos e da vaidade
Daquele que não se importa
Se a felicidade jaz
Morta
Se sucumbem sonhos e futuro
Se há atrás de altos muros
Almas cansadas do atroz dia-a-dia
Inertes na companheira agonia
De uma guerra sem vencedor
Apenas com heranças de ódio
Os escombros e a dor
Cicatrizes da batalha
Navalha que fere a alma
E dilacera o futuro
Transforma luz do túnel
Em escuro!
Eis o legado...
Vê a lágrima no olhar do soldado?
Ele morre um pouco com aquele que mata
Diminuindo tempo, vida, sonhos...
Fica nada
Apenas mais uma página
Destinada a ser em breve esquecida
Corroída pelo banal da própria vida.
Por A. SchArr (e perder e reencontrar)

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