(segunda parte)
Antes que a chuva aperte e esqueçamos o suor do carnaval segue a série sobre o carnaval poético da fronteira.
O Festival de Músicas para o Carnaval a partir da década passada ganhou uma nova nomeclatura, com o nome do poeta Apparicio Silva Rillo. Um dos criadores do grupo Os Angueras e do Festival da Barranca sempre teve seu nome ligado intimamente ao tradicionalismo, mas foi as suas letras nos carnavais que se percebeu a abrangência da poesia de Rillo.
Poesia que também é sentida no samba “Dia-a-dia” de Eugênio Dutra que em 1983 com o grupo Pixinguinha concorreu com a transcrição do carnaval...vou esquecer do salário e do patrão. Vale destacar a citação à Maria do Carmo, mais uma santa popular que é freqüentemente encontrada nas cidades gaúchas.
Dia-a-dia
(Eugênio Dutra – 1983)
Vivo que vivo na avenida
Faço o que faço no cansaço
Digo e diz digo, muitas coisas
Mas sem o samba eu não faço
Quero ficar contigo agora
Na batucada e no compasso
Quero dizer-te muitas coisas
E cantar no teu abraço
Fui na escola e aprendi...senti
Que o samba é no pé...pois é
Maria negra só sabia
De batucada e candomblé
Todo janeiro tem verão...verão
Maria do Carmo tem sambão...tem sambão
Eu hoje vou brincar a noite inteira
Vou esquecer do salário e do patrão.
2 comentários:
Merchand pra família, hien Cruz. Depois ainda fala de mim. Tsc tsc
Capaz, tou adorando a série de contina e serpenfete!
...fazer o q?!
Eu só tô contando a história!
rsrsrs.
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