Cruzamento aberto, sujeira no canto
Dobrar o lençol, ouvido doendo
Passo a passo.
Janela aberta, brisa fugaz
Lápis e papel, sinal fechado
A vista consola
Prender, parar no tempo
Condena o fazer depois
Desmente o cair da noite
Querer ficar a sós.
Açúcar aberto, outro pano úmido
Limpando o ralo, trancando a porta
Atrás de outra voz.
Retirar o lixo, panela de arroz
Apaga-se o fogo, guardanapo na boca
Desliga a semana.
A água, o cloro e o cheio
Condena o fazer de nós
Desmente o cair do dia
Contar o segundo após.
( ... )
A sós, após de nós.
(guilherme cruz)
(guilherme cruz)
Vida/Tempo de Viviane Mosé no projeto multimídia CEP 20.000
3 comentários:
"Apaga-se o fogo, guardanapo na boca. Desliga a semana" .
Gui, que texto sutil. O milagre da simplicidade da vida.
Tu! Autêntico em arte! Nessa arte de poetizar ;*
La vida es más compleja de lo que parece...
Muito bom, Guillermo!
Postar um comentário