Eles seguem
a horda
Caminhantes
alheios ao seu destino
Se atiram
às pedras e ao pó
(e comem
pó)
Com fome e
vontade
Eles riem
de olhos fechados
(E a boca
cheia de terra)
E engolem
os males da terra
Com uma
determinada tranqüilidade.
Com as
entranhas acostumadas
Digerem a
fatalidade
Que toda esta lama lhes cai bem.
Eles sequer
regurgitam
O excesso
de tudo que não alimenta
Mas lhes
mantém.
O prato
diário
comprova
com aroma requentado
O velho
cardápio
De passado
(bem passado).
No fim de
um dia
Relaxa o
esqueleto em banho-maria
Amanhã
recomeça o caminho circular
a pedra
o pó
e cozinhar
(em fogo
brando)
Até que
transborde a lama
e as tripas
se revirem em agonia
Então
sorrirão de novo com os olhos fechados
Mas agora a
boca vazia.
*Tentativas Poéticas / 2006
Por Amanda SchArr
1 comentários:
bem passado MESMO.
adorei
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